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Estudar inglês: perguntas comuns de quem vai começar

Escrito por: Flávio
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estudarComeço de ano! Com o calendário zerado, mais uma vez tentamos nos organizar para o novo ano: começar a dieta, a academia, o curso de pós, a leitura daquele livro que está atrasada há tempo e, como não poderia ser diferente, o curso de inglês.

No que se refere a este último, é muito comum que, antes de começar um curso de inglês (ou de qualquer outro idioma), o futuro estudante se depare com alguns mitos sobre o que é e como é aprender inglês. Afinal, grande parte do público a quem se destina um curso de língua estrangeira é leigo, portanto, é natural que haja alguma confusão.

Nesses anos trabalhando com o ensino de inglês, nos deparamos com alguns desses equívocos.

Perguntas comuns de quem vai estudar inglês

  • Para aprender inglês tenho que saber traduzir?

Para muita gente, o ato de aprender inglês está diretamente ligado ao ato de traduzir literalmente, ou seja, palavra por palavra. Essa ideia certamente remonta ao período em que estudávamos inglês na escola regular, no qual a principal tarefa envolvia traduzir palavras, frases e textos de forma, quase sempre, literal.

Traduzir, porém, é uma atividade técnica, que requer formação e/ou habilidade específica. Naturalmente, espera-se que um bom tradutor seja também um bom falante/conhecedor de inglês, mas o contrário não precisa ser verdadeiro.

Falar uma língua estrangeira é o mesmo que apropriar-se de um conjunto de aspectos não apenas linguísticos, mas também socioculturais, que muitas vezes não faz sentindo se traduzido para uma outra língua. Um grande exemplo disso são as expressões idiomáticas, que muitas vezes, são intraduzíveis, pois refletem não apenas palavras, mas uma maneira por meio da qual o falante organiza o pensamento.

Por exemplo:

He made a mountain out of a molehill.

Tradução literal: Ele fez do monte uma montanha.

Tradução equivalente: Ele fez uma tempestade em copo d’água.

Perceba que a tradução literal não faz sentido algum em nossa língua. É necessário entender o contexto de uso em uma língua e buscar aspectos culturais equivalentes na outra. Certamente, para os falantes de inglês, usar a analogia do monte e da montanha para significar exagero está ligado a aspectos culturais e históricos, que nós, falantes de português, não vivenciamos. Para nós, a analogia entre a tempestade e o copo d’água cumpre essa tarefa melhor.

Portanto, traduzir literalmente não é o caminho. O caminho é conhecer as características da língua nova e, para tal, precisamos estudar bastante.

  • Ser fluente em inglês é saber falar qualquer coisa?

“A redução dos corantes azo é rápida, mas em alguns casos, resulta em aminas aromáticas carcinogênicas”.

Temos aqui uma frase, escrita em língua portuguesa, em cuja qual, acredito eu, quase todos vocês sejam falantes nativos, não é mesmo? A não ser que você tenha conhecimento formal em química, física ou biologia, é BASTANTE provável que essa frase não signifique nada para você.

Assim, mesmo sendo falantes fluentes de língua portuguesa, podemos nos deparar com textos ou informações em nossa própria língua e não estarmos aptos a decodificar. Portanto, ser falante fluente não significa saber dizer qualquer coisa em uma determinada língua. Significa apenas que o falante tem um conhecimento linguístico muito próximo ao de um falante nativo, mas não necessariamente igual, e que está apto a falar e dar detalhes daquilo que pensa, observa e analisa usando vocabulário e estrutura linguística específicos.

  • Só dá para aprender inglês se viajar/morar em um país de falantes nativos?

Viver em outro país temporariamente para aprender uma língua diferente é, sem dúvida, uma experiência única e deveria estar ao alcance de todas as pessoas. Entretanto, não é 100% necessário para aprender inglês ou qualquer outra língua. Atualmente, com o desenvolvimento da Internet, podemos nos comunicar com pessoas em todas as partes do mundo em tempo real. Podemos até mesmo simular imersões em outras línguas facilmente. Além disso, nosso acesso a séries de TV, filmes e programas em inglês, nunca foi tão grande.

Vale ressaltar também que a vivência em outro país nem sempre é garantia de aprendizado. Não são raros exemplos de brasileiros que vão para o exterior com amigos(as), namorado(a) e/ou cônjuge e falam português o tempo todo. Nesses casos, as pessoas raramente ampliam satisfatoriamente seus conhecimentos na língua estudada.

  • Se eu fizer um curso conceituado ou estudar com um bom professor, vou aprender inglês mais rápido?

Imagine que você vai a academia para perder peso a pedido do médico. Ele passa uma dieta associada a atividades físicas. Não importa se ele é o melhor médico do mundo, nem se você contratou o melhor personal trainer para ajudá-lo. Se as instruções médicas e atividades físicas não forem seguidas adequadamente, nada disso fará diferença.

Aprender inglês não é diferente. Não adianta investir pesado em cursos e professores particulares se você não estiver disposto a estudar muito. Não adianta ter pressa, pois não existe solução mágica; é necessária uma mudança de hábitos, empenho e muita dedicação para aprender um novo idioma.

  • Só dá para aprender inglês se estudar em escolas ou cursos específicos?

Estudar com supervisão de um professor sempre é recomendável, pois ele está apto a escolher a melhor abordagem, método e material para as necessidades do aluno. Entretanto, não é a única maneira.

Como vimos no item 3, com o surgimento da Internet, a distância entre nós e o conhecimento novo está apenas há alguns cliques.

Com disciplina, dedicação e organização, você consegue aprender bastante de forma autodidata. Há vários sites, aplicativos para celular e tablets que podem auxiliá-los.

Clique aqui e veja alguns exemplos que recomendamos aos nossos alunos.

Certamente, essa discussão não termina aqui e há ainda muito a se consideram sobre cada um desses itens. Compartilhem conosco suas experiências e dúvidas e, se gostar, compartilhe.

 

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